Síntese do livro "a arte de amar", de erich fromm
Capitulo 1 - É o amor uma arte?
O capítulo abre com a pergunta de seu título: é o amor uma arte? O autor diz que o livro baseia-se na hipótese de que sim, é uma arte, e, logo, exige conhecimento e esforço, apesar de admitir que a grande maioria das pessoas o vê como um "sensação agradável, que se experimente por acaso, algo em que se 'cai' quando se tem sorte", Isso não significa que eles vejam o amor como desimportante, apenas como algo que não necessita ser aprendido.
Tal atitude vem da idéia que a chave do amor é se tornar uma pessoa amável, ou seja, ser atraente, popular, interessante; algo similar ao que deve ser feito para se obter sucesso em uma carreira, por exemplo. Há uma objetificação das pessoas, vinda da nossa cultura contemporânea baseada no consumismo; um homem vê uma mulher atraente (ou vice-versa) e deseja obter-la. Deve haver uma troca mutuamente favorável; eu devo desejar a pessoa e ela deve me desejar. O que torna a pessoa atraente depende da época, mas o processo se mantém o mesmo; duas pessoas se apaixonam quando encontram o "melhor objeto do mercado".
Outro fator que contribui para a idéia de que não há o que se aprender sobre o amor é a falta de distinção entre "cair enamorado" e "permanecer" amando. No primeiro caso, é apenas uma satisfação momentânea, onde se encontra alguém para afastar a solidão pessoal; na maioria dos casos, depois da excitação inicial passar, e as duas pessoas passam a se conhecer melhor, elas entram em desavença devido as sua diferenças e acabam por se separar.
O autor propõe então que a melhor maneira de se entender o amor é estudá-lo como se faz com qualquer arte ou profissão; domínio do teórico, de sua aplicação prática, e a extrema devoção a esta arte. A necessidade de encarar o amor desta maneira pode explicar a pouca vontade que as pessoas de hoje sentem em buscá-lo; entende-lo é tão taxativo quanto entender qualquer outra arte, porém ele não providencia