Publio ovídio nasão
Tradução: Antonio Feliciano de Castilho.
Rio de Janeiro - Editora:E. & H. Laemmert, 1862.
Carlos Eduardo da Costa Campos86
O tema do amor foi abordado por diversos pensadores, desde a Antiguidade
Clássica. Neste trabalho de final de curso vamos analisar A Arte de Amar, do poeta Públio
Ovídio Naso. O referido autor foi um importante escritor romano, o qual viveu entre a segunda metade do I século a.C e do século I d.C, além de ser contemporâneo a ilustres personagens da História de Roma, como o “príncips” Augusto e o poeta latino Virgílio.
No primeiro livro Ovídio descreve as formas como um homem deve conquistar a sua amada. O autor compara o homem com o caçador, o qual deve conhecer o terreno para poder prender o seu alvo (A Arte de Amar, I, vv. 45-50). O poeta clássico continua o seu ensinamento assinalando, que os teatros são os lugares mais oportunos para a caçada, seja para algo passageiro ou duradouro (A Arte de Amar, I, v. 90). O autor argumenta que o homem deve se sentar ao lado do seu alvo, conversar, ser agradável e solicito com as mulheres, para conquistar-las (A Arte de Amar, I, v.140).
Ovídio argumenta que o homem deve conquistar a atenção da escrava de sua amada. A serva será a ligação entre os amantes. Contudo ele aconselha a não se envolver amorosamente primeiro com a escrava, pois está poderá causar problemas, a sua relação com a amada. Na lógica do discurso de Ovídio primeiro se deve possuir a dona e depois
86 Carlos Eduardo da Costa Campos é pesquisador do Núcleo de Estudos da Antiguidade, sob orientação da
Professora Dr.ª Maria Regina Candido PPGH/UERJ. O mesmo faz parte da Linha de Pesquisa no CNPq:
Religião, Mito e Magia no Mediterrâneo Antigo. Email:eduygniz@hotmail.com
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tomar a serva para si(A Arte de Amar, I, vv. 375-380). Outro importante elemento para o sucesso na caçada é sempre prometer presentes, como se fosse dar-los a qualquer momento. O desejo de obter tais prendas