As quatro estações do amor.
A tarefa principal do ser humano é tornar-se verdadeiramente humano. Somos todos uma promessa, uma possibilidade. Tornar-se um ser humano pleno é descobrir o sentido da vida. Quando caminhamos em direção a nós mesmos, percebemos que precisamos aprender a amar. Esta é a tarefa essencial da vida. Fomos convocados à esta existência para aprendermos a amar. Para conhecermos a arte do amor. No entanto, a arte de amar é ao mesmo tempo um aprendizado e uma vivência concreta. Em outras palavras, aprendemos a amar, amando. Neste processo, vivenciamos basicamente quatro estágios na nossa evolução na arte do amor:
PORNÉIA
Esta é a nossa primeira experiência amorosa. É o amor do bebê que precisa mamar, comer, beber o outro. De pornéia derivam pornografia e prostituição. O amor pornéia é muito belo e justo na criança, mas é terrível em jovens e adultos. O outro se reduz a um objeto, a uma coisa que existe apenas em função dos nossos desejos, das nossas carências. Em nível social podemos ver como a humanidade está devorando os ecossistemas e consumindo a Terra, causando os graves problemas ambientais que tão bem conhecemos. Pornéia é, portanto, o jardim de infância do amor. Mas é preciso ir adiante.
EROS
Este é o segundo estágio. É o amor adolescente, também muito justo e bonito. É o período do encantamento no qual buscamos a felicidade caminhando ao encontro do outro para ser feliz com ele. Quando não se é feliz, adolescentemente, culpamos o outro e isso está muito presente hoje. É sempre o outro que está errado. Não somos capazes de reconhecer nossas limitações e nossos erros. Nesta fase, vamos buscar alguém para preencher aquela falta que papai e mamãe não preencheram. É necessário, portanto, ultrapassar também esta dimensão.
PHILIA
É bom quando chega um momento em nossa vida em que compreendemos que ninguém pode nos