Turismo Sexual e breve histórico prostituição no Brasil
O Brasil é uma das rotas preferenciais do turismo sexual no mundo. Despontou como destino entre as décadas de 1980 e 1990, quando o mercado asiático começou a ficar saturado. Até hoje, no entanto, a Ásia lidera como o principal destino de turismo sexual do globo, com destaque para a Tailândia. Em seguida vêm América Central, Caribe e América do Sul. Entre os principais destinos do turismo sexual no continente americano estão México, Cuba e Brasil.
Em quase todas as obras literárias e artísticas brasileiras, desde a carta de Pero Vaz de Caminha até as marchinhas de carnaval, traça-se o perfil hiper sexualizado da mulher brasileira. A dominação da índia e da negra, inseridas num contexto de escravidão, configura-se como um das bases do pensamento brasileiro em relação à mulher, seu papel social e a função de seu corpo, que viria a se perpetuar até os dias de hoje. Não é raro ouvir notícias de estupro de índias nos limites das demarcações de terras indígenas, nem de associar a mulata à uma imagem sexualizada ligada à promiscuidade e à degradação moral. Além disso, é quase que consolidada a imagem que o Brasil transmite à mídia internacional, uma vez que a festividade brasileira mais conhecida é o Carnaval, em que características naturais brasileiras são sempre enaltecidas e coloca-se em evidência o corpo escultural da mulher brasileira. Isso fornece ao imaginário do possível turista uma imagem de sexualidade desmedida e libertinagem permitida num verdadeiro paraíso de sexo fácil. Uma pesquisa patrocinada pela Organização Mundial de Turismo e divulgada em 2005 revelou o perfil do turista sexual que vem ao Brasil. Ele é na maioria das vezes de classe média, tem entre 20 e 40 anos de idade, viaja desacompanhado ou com outros homens. Italianos, portugueses, holandeses e norte-americanos lideram o ranking dos turistas sexuais. Em menor número aparecem os ingleses, alemães e latino-americanos.
O turismo sexual é a parte do mercado de turismo que mais