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Os avanços no século XXI serão conquistados pela luta humanitária contra os valores que justificam as divisões sociais – e contra a oposição que essa luta terá de enfrentar por parte dos interesses econômicos e políticos estabelecidos.
Este capítulo pretende oferecer subsídios para o debate da polêmica questão do turismo sexual, problematizando, especialmente, o crescimento do turismo sexual infanto-juvenil no mundo. Ordenamos as informações em dois momentos principais. No primeiro contemplamos o contexto mundial e o contexto brasileiro. Apresentamos, por fim, algumas ações oficiais de controle promovidas nos países emissores dos turistas sexuais, visando auxiliar em futuras ações brasileiras.
Neste início de século digitalizado surge uma motivação para os deslocamentos que a cada dia passam a ser mais rápidos e mais eficientes, guiados pelos sistemas de comunicação. Objeto que proporciona relacionamentos palpáveis em um curto período de tempo. Através das novas tecnologias, muitas vezes oferece relacionamentos íntimos proibidos. O hedonismo nos leva a cultuar o corpo, a imagem chegando, a sexualidade transformando seres humanos em bens de consumo, nos guiando até ao primitivo.
O turismo sexual é a atividade de deslocamento organizado para a prática de atos sexuais comerciais com residentes do lugar de destino. Muitas vezes a prática desse turismo vem de uma casualidade da divulgação entre certos elementos na propaganda turística que aguçam o imaginário sexual do turista.
A prática do turismo sexual vem crescendo a cada ano principalmente nos países subdesenvolvidos e envolvendo mais crianças e adolescentes nesse processo. De acordo com Ryan e Hall, o turismo sexual consiste na interação entre dois grupos marginais, a saber: turistas de um lado, e prostitutas, homossexuais, ou categorias similares, de outro. Ambos os grupos se situam em posições ambíguas ou limites, com relação ou à lei, ou aos costumes, ou às convenções, etc. Essas