Treinamento e Desenvolvimento: conceituação
O tema capacitação de pessoas vem sendo trabalhado há várias décadas. Ao longo desse tempo os mais variados autores expressaram a relevância de treinar os colaboradores, porém é visível que não existe um consenso quanto ao conceito. Para que essa questão fique mais clara é importante ter conhecimento de como, no decorrer de todo esse período, se deu a conceituação e evolução do processo de treinamento.
Remetendo-nos aos anos 40, podemos observar, a partir de conceitos de autores da época, que os programas de treinamento, já visavam não apenas atender a necessidades atuais de uma atividade específica, mas também necessidades futuras. Esta visão é exposta por Hall (1941 apud LOPES 1988, p. 176), ao definir treinamento como:
(...) o processo de ajudar os empregados a adquirirem eficiência no seu trabalho presente ou futuro através do desenvolvimento de apropriados hábitos de pensamento e ação, habilidades, conhecimentos e atitudes.
Os anos de 1955 à 1960 foram considerados o período de ampliação e modificação da produção industrial brasileira. O então presidente Juscelino Kubitschek incentivou a criação do setor de bens de consumo duráveis. Nesse período nasceu também a indústria automobilística nacional (criação do Fusca, da Rural Willys, do JK, entre outros), bem como foram implantadas no país grandes multinacionais como Arno, Walita, General Eletric, Goodyear, Pirelli, Esso, Volvo, Volks, Coca-Cola e Nestlé, com uma cultura organizacional bem diferente da brasileira. Essas organizações geraram milhares de empregos urbanos, sendo um marco no êxodo rural do país. Entretanto, a grande maioria dos brasileiros não estava capacitada para atuar nessas empresas. Como resposta a essa carência foram implantados os Laboratórios de Treinamento, que ofereciam treinamento de sensibilidade (?) e mudança organizacional. Uma técnica muito usada na época foi a instrução programada (que consistia em). Os treinamentos gerenciais