Treinamento Aeróbico para o Alto Rendimento
Em atletas altamente treinados que apresentam um reduzido nível de treinabilidade, a precisão na elaboração da carga de treinamento pode ser o meio mais seguro para a melhora do rendimento, pois nesses indivíduos, é comum a carga de treinamento oscilar entre o estimulo insuficiente e o aparecimento do overtraining (excesso de treinamento). Desta maneira, o entendimento dos mecanismos de fadiga e das respostas fisiológicas associadas às diferentes durações e intensidades é essencial para a correta elaboração das sessões de treinamento. Como estes mecanismos já foram discutidos, falta agora ressaltar alguns aspectos relacionados com a recuperação, seja de um único estimulo agudo (um tiro ou série dentro da sessão de treino) ou de uma a varias sessões de treino. Após reunir todas essas informações é possível elaborar as bases do treinamento (frequência vs. volume vs. intensidade vs. recuperação) visando uma melhora continua do rendimento aeróbio.
Muitos cientistas do esporte baseiam seus conselhos para atletas e técnicos levando em conta os princípios do treinamento desenvolvidos a partir de estudos realizados em indivíduos não treinados ou em atletas recreacionais. Isto é problemático, já que mudanças no
VO2max, número de capilares, atividade enzimática que são comuns nestes indivíduos com um menor nível de aptidão, não ocorrem quando atletas altamente treinados aumentam seu volume de treino submáximo. Parece que, uma vez o indivíduo tenha alcançado valores de
VO2max acima de 60 ml/kg/min, o desempenho de resistência não é melhorado através de aumentos adicionais no volume de treino submáximo (Londeree, 1997). Quanto maior for o estado de condicionamento, maiores serão as intensidades necessárias para promover e manter a adaptação, portando deve haver um aumento contínuo da intensidade (princípio da carga progressiva). Como foi observado, em atletas muito bem treinados, é necessária a inclusão de