Transtornos Psicóticos
- Doença grave, de etiologia desconhecida, com sintomas psicóticos e alterações do pensamento (delírios), da percepção (alucinações) e do afeto (embotamento) geralmente com preservação da capacidade intelectual
- A doença é igualmente prevalente em ambos os sexos, e geralmente se inicia em adolescentes ou adultos jovens
Esquizofrenia - Patogênese
- Genética: embora ainda não se tenha descoberto qual(is) alteração(ões) genética(s) está envolvida com a doença, estudos epidemiológicos mostram haver influência deste fator na etiopatogenia da doença
- Neurobiologia: a hiperativação das vias dopaminérgicas mesocorticais e mesolímbicas (projeções dos neurônios dopaminérgicos da área tegmentar ventral) está ligada a gênese da doença. Na atualidade, admite-se que outros sistemas de NT (principalmente o sistema SEnérgico) possivelmente estão relacionados à sua patogênese
- Meio ambiente: eventos estressantes ou o uso de drogas costumam ser os gatilhos para o primeiro episódio esquizofrênico
Esquizofrenia - QC
- Fase pré-mórbida: marcada por retraimento social e emocional, com tendência ao isolamento. A personalidade se torna excêntrica.
- Fase da doença propriamento dita: sintomas negativos (embotamento, retração social, diminuição da linguagem, diminuição da volição, lentificação psicomotora e autonegligência) e positivos (alucinações auditivas ou de outros tipos, delírios, comportamentos bizarros e agitação psicomotora) e perda de contato com a realidade. Há ausência de reconhecimento por parte do paciente de que ele está em um estado patológico.
Esquizofrenia - História natural
- A fase pré-mórbida (com duração de até alguns meses) inicia-se geralmente após um evento traumatizante ou uso de drogas psicoativas
- À ela segue-se o QC típico
- Com o tratamento adequado, há remissão da doença e períodos nos quais o paciente fica assintomático
- Todavia, novas exacerbações ocorrem na reexposição aos fatores desencadeantes
- A