Trafico de armas
Capítulo 03, Tráfico internacional de armas.
3.1Armas leves e ogivas avulsas
O comércio de armas é muito antigo, e o contrabando sempre fez parte do mercado de armas, mas este se modificou muito ao longo do tempo.
Comecemos com a composição do mercado: um comércio, antes dominado por governos que faziam compras maciças de outros governos ou de empresas estatais, agora era dirigido e definido por redes de intermediários, muito mais amplas e diversas, formadas por milhares de produtores novos e independentes.
À medida que o negócio ilícito de armas se constrói e se modifica, ele se mistura a outros comércios ilegais, sustentando as ambições tanto de criminosos comuns como terroristas.
3.2 Apenas negócios
A.Q Khan, até então um metalúrgico paquistanês aposentado, articulador de um programa de armas nucleares, herói nacional. Mas com o tempo se notou que Khan era muito mais que um semi-cientista aposentado, ele é o criador da “bomba Islâmica”.
Em uma palavra, Khan fazia pelo dinheiro. Bens imobiliários derrotaram a ideologia. A cobiça superou a geopolítica, Khan deixou de ser um engenheiro e tornou-se um empresário ao descobrir um nicho. Tirou vantagem da sua posição de guardião do programa nuclear paquistanês para desenvolver um rendimento pessoal. Encontrou parceiros ambiciosos para cada etapa do processo.
Com sagacidade e oportunismo a rede de Khan encobriu os rastros, criando empresas-fantasmas, flexibilidade de comunicação e transporte e anonimato em transferências financeiras. Khan e seus sócios não eram um estado nem um regime e sim uma rede comercial.
3.3 Todo e qualquer negócio
Os corretores intermediários estavam à margem desse cenário, ajudando a molhar uma mão, facilitar um negócio, transferir uma carga para um destino obscuro. Mas o atual mercado não