Tradução
Radjalma Teixeira¹
Geralmente, a “fidelidade” é um dos critérios mais comumente utilizado para avaliar a qualidade de uma tradução. Tratando-se da área da tradução em língua de sinais brasileira para a língua portuguesa e vice e versa, um código de ética foi instituído com a finalidade de orientar o tradutor/intérprete na sua atuação, incumbindo-o a responsabilidade da fidelidade e veracidade das informações produzidas no discurso (QUADROS, 2005). Esse aspecto se mostra claramente no Artigo 1º do capítulo 1 do Código de Ética, nos parágrafos 2º e 3º quando afirma que:
2º. O intérprete deve manter uma atitude imparcial durante o transcurso da interpretação, evitando interferências e opiniões próprias, a menos que seja requerido pelo grupo a fazê-lo;
3º. O intérprete deve interpretar fielmente e com o melhor da sua habilidade, sempre transmitindo o pensamento, a intenção e o espírito do palestrante...
Porém, essa “fidelidade” tem sido questionada por alguns teóricos que afirmam que o conceito de fidelidade, geralmente está associado a apenas um dos aspectos que envolvem a tradução, que é a relação com o texto fonte. Rosemary Arrojo discute o processo de redefinição do conceito “fidelidade” quando afirma que nenhuma tradução é capaz de recuperar a totalidade do original, já que as palavras não possuem um único sentido, fixo. Além das ambiguidades, há também as mudanças trazidas pelo tempo, e as vari-1-------ações de significado. Além disso, não há como evitar a interferência do tradutor devido as suas circunstâncias, suas concepções e seu contexto histórico - social. (ARROJO, 1986, p. 38).
Gile (1995), afirma que a “fidelidade” é o aspecto mais invocado para avaliar uma tradução, pois não existe equivalência completa entre os elementos linguísticos das línguas humanas. Aponta também, a inevitável intervenção do tradutor/intérprete devido o seu contexto histórico-sócio-temporal. Gile (ibid), denomina Informação Secundária,