Tradução e re-significação estética
Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social
Curso: Prática Etnográfica, Memória Social e Processos de Patrimonialização
Mestrando: Renan Reis
Tradução e re-significação estética
As miçangas e os indígenas no Museu do Índio
Rio de Janeiro, 05 de Janeiro de 2013.
Tradução e re-significação estética: as miçangas e os indígenas no Museu do Índio
Neste presente ensaio, objetivamos dissertar sobre a exposição que esta sendo organizada no do Museu do Índio – FUNAI/MJ. Nosso objetivo repousa no desejo de dar luz à compreensão de fenômenos estéticos que ocorrem no contexto etnográfico em relação às maneiras nativas e ocidentais de construção de identidades. O estudo é relevante, pois a exposição é precedida por projetos culturais e linguísticos desenvolvidos pelo Museu do Índio na intenção de construir um saber sobre as culturas indígenas. O presente ensaio dissertará sobre as comunicações públicas do Museu, relatos de antropólogos que trabalharam no projeto e nas produções de Els Lagrou, antropóloga da arte responsável pela exposição. Trabalhamos em cima da hipótese de que, assim como para os Kaxinawa estudados por Lagrou, para os “brancos”, a identidade é construída dentro de uma relação entre diferentes agentividades.
Antes de tudo, buscaremos contextualizar o local no qual a exposição (ainda sem data para ser lançada) se insere. Para tal, falaremos do ProDocult, projeto de documentação das culturas indígenas promovido pelo Museu do Índio – FUNAI/MJ em parceria com a UNESCO e Fundação Banco do Brasil (Site ProDocult 2012). O projeto não possui correlação direta e oficial com a exposição organizada, porém, os objetos a serem expostos são contemporâneos e manufaturados no âmbito do ProDocult. Falaremos mais detalhadamente sobre isso posteriormente.
Queremos neste momento explanar sobre o processo de construção desta exposição. Iremos