TRABALHO E CAPITAL MONOPOLISTA

TRABALHO E CAPITAL MONOPOLISTA (A degradação do Trabalho no Século XX) – Capítulo 3.
Harry Braverman (1920- 1976), escritor e comunista norte-americano, fortemente influenciado por Karl Marx (1818-1883) e por suas próprias experiências de vida enquanto operário e militante socialista de fábricas nos Estados Unidos da América, descreveu em sua obra “Labor and Monopoly Capital: The Degradation of Work in the Twentieth Century”, o efeito deteriorante do capitalismo sobre o trabalho no século XX. Nesta obra, Braverman busca analisar na relação entre trabalho e capital uma tendência de monopolização do trabalho.
No capítulo três, em “A Divisão do Trabalho”, o autor trás as principais características da divisão do trabalho no sistema capitalista de produção. Para isso, o escritor busca explicar a divisão do trabalho desde os seus primórdios, nas sociedades primitivas, com base nos discursos de Herskovits (1895- 1895) – onde Herskovits afirma que não há uma divisão de tarefa dentro dos ofícios, mas sim uma diferenciação que se deve principalmente ao papel do sexo, que com base nos estudos Marxistas, pode-se dizer que é o que Marx chamou de “ divisão social do trabalho”- ; com o surgimento do capitalismo, houve a necessidade de dividir sistematicamente as funções do trabalho em cada especialidade com operações limitadas, surgindo assim a divisão manufatureira, - que deu início ao princípio fundamental da organização industrial - que partindo novamente de um princípio Marxista presente em “ O Capital” (Karl Marx, 1867), pode-se afirmar que o trabalho manufatureiro nada mais é que o “ trabalho técnico”, possuindo uma relação de hierarquia e coletividade no processo de trabalho, possibilitando assim, uma maior eficiência e lucratividade em relação ao produto final. Tal processo fez com que a força de trabalho oferecida pelo proletariado se tornasse uma mercadoria para compradores que são empregadores (Capitalistas), fazendo com que produtos e trabalhadores equivalessem a