Trabalho e capital monopolista - apreciação crítica
A degradação do Trabalho no século XX, Braverman
Luiz Carlos Alves Junior
Apreciação Crítica
Capítulo 1 – Trabalho e Força de Trabalho
O Texto apresenta uma visão antropológica e, em alguns momentos, sociológica da situação, pois busca esclarecer minúcias sobre o trabalho humano à nível da subjetividade bem como analisa a dialética existente entre esse trabalho e a sociedade em que o fenômeno está inserido. A referência bibliográfica e o calibre e poder de gerar polêmica dos argumentos utilizados pelo autor para estruturar o desenvolvimento lógico de seu raciocínio comprovam a forte presença das ideias marxistas e sua natural aversão às ideias da
“burguesia capitalista”.
Para o autor, existem basicamente duas interpretações ou racionalidades centrais para o conceito de Trabalho, as quais divergem por sua finalidade. A primeira visão tem uma finalidade de desenvolvimento das relações sociais e na acumulação de experiências garantindo a sua continuidade. Por outro lado, a segunda visão assume as formas racionalizadas pelo sistema capitalista de produção, cuja finalidade central é a relação dos preços. O sistema capitalista exige intercâmbio de relações, mercadorias e dinheiro, mas sua diferença específica é a compra e venda de força de trabalho e para isso, o sistema evolui sob o tripé de três grandes condições: o o o Privação dos trabalhadores dos meios de produção com o qual ela é realizada
Não existência de constrições legais para a garantia de que esses trabalhadores sejam homens livres.
Propósito do emprego do trabalhador passa a ser a expansão da unidade de capital do empregador, que assim está atuando como capitalista
A História nos revela uma dinâmica evolutiva muito agressiva da classe trabalhadora, a qual teve sua constituição na Europa, no século XIV à luz do capitalismo mercantil baseado na troca de excedentes, passando pelo salto significativo de proporção dessa classe
trabalhadora