Trabalho e capital monopolista
Faz-se também uma comparação entre o trabalho humano e o do animal, explicitando-se que os irracionais agem de forma instintiva, pois estes não refletem sobre suas ações, enquanto que o homem traz consigo a necessidade de aplicar sua inteligência no trabalho através do pensamento conceptal.
O homem, enquanto ser sócio-histórico, se utiliza de uma força de motivação que impulsiona sua força de trabalho e ao longo da história o capitalismo fez com que o indivíduo, na falta dos meios de produção, se torne capaz de vender essa força de trabalho a capitalistas para a expansão do capital e a produção de excedentes, visando o lucro.
Os saberes sobre trabalho são transmitidos através da cultura e da linguagem, e é necessário entender que o que os capitalistas compram de seus trabalhadores é apenas a força de trabalho, onde se faz dever do capitalista encaminhar seus empregados para a produção de excedentes seja forçando-os ou motivando-os, tornando o processo de trabalho uma responsabilidade do capitalista.
Como podemos ver, o texto de Braverman traz a evolução do trabalho como forma de ocupação e geração de capital e de como se pensar em uma boa administração de funcionários num mundo capitalista. Com o avanço do capitalismo, viver sem um trabalho torna-se difícil tanto num sentido econômico como também em uma forma social já que "ficar parado" se tornou motivo de vergonha e frustração, sendo o trabalho sinônimo de dignidade passado através das gerações.
É possível perceber que muitas vezes os empregadores cobram demais de seus funcionários, pois, com o capitalismo, os chefes visando o lucro