Braverman, H. (1974) Trabalho e capital monopolista
O principal objetivo de Braverman, nesse texto, é mostrar como a ciência se transformou de mero hobby/atividade espontânea antes da 1 revolução industrial, para objeto de capital na revolução tecnocientífica do final do séc. XVIII e inicio do sec. XIX.
Antes da 1ª revolução industrial a ciência na Europa era, basicamente, a herdada dos gregos, transmitida pelos árabes e a que era construída nos mosteiros da igreja e por "cientistas" independentes que muitas vezes financiavam a si mesmos e a praticavam por hobby. A primeira revolução em si, não foi estimulada pela ciência, pelo contrário, foram as técnicas (adquiridas por empirismo) que influenciaram o maior desenvolvimento da ciência.
A partir da a ciência teórica anterior e das técnicas adquiridas com a revolução industrial , o primeiro país a dar passos mais definitivos à incorporação da ciência no capitalismo, foi a Alemanha. O país, em meio ao fracasso da primeira etapa do sistema capitalista somados as mudanças educacionais (educação de base e mais tarde reforma universitária) e influenciada pela filosofia especulativa de Hegel tornou-se expoente na industria química (antes dominada pela França) e incorporação de cientistas e mão de obra especializada nas industrias.
Outra nação de destaque foi os Estados Unidos, que no inicio do séc XIX, com o avanço do capitalismo monopolista, teve industrias com iniciativas em pesquisa (principalmente laboratórios), tais como: Kodak, Goodrich, General Eletric, General motors entre outros. O país teve grande evolução na inclusão da ciência no capitalismo na época da segunda grande guerra e tempos da Alemanha nazista, quando grande parte do intelecto europeu, refugiado da guerra, migrou para os EUA.
No inicio dessas mudanças referente ao papel da ciência, o investimento na mesma era cada vez mais incentivado pelas rápidas recompensas que ela trazia aos capitalistas.