Trabalho sobre o vinho
Mas não basta ter uma vinha, um bom “terroir” e as castas certas para fazer bom vinho. Diz-se hoje em dia que o vinho está na moda, muitos pensam que teria a sua graça explorar aqueles dois ou três hectares de vinha que herdaram na província. Mas fazer vinho não é apenas ter uma vinha e durante duas semanas por ano, trabalhar afanosamente a apanhar as uvas, pisá-las e ... esperar.
Uma vinha tem de ser cuidada ao longo de todo o ano. Deixada ao abandono, a vinha desenvolve-se aleatoriamente como planta trepadeira que é, engrossa o seu troco principal e espalha-se numa profusão de pequenos cachos, de frutos ácidos e nenhum potencial para a produção de bom vinho. É bonito, é decorativo mas não é vinho.
Uma vinha tem de ser podada para que se controle esta profusão de uvas. Esta poda é feita no Inverno, durante a dormência da planta e pode ser repetida mais tarde, após terem despontado os pequenos cachos. Esta segunda poda dita “em verde” é um risco assumido pelo produtor, numa fase muito incipiente do ano vinícola com vista a melhorar a qualidade do seu produto final.
Mas a ciência do viticultor não fica por aqui. O tipo de poda depende da casta, da idade da planta e das próprias condições de “terroir”. O mesmo se pode aplicar à forma utilizada para sustentar e conduzir a vinha que terá um enorme impacto sobre a sua exposição solar. Enfim, se herdou a tal pequena vinha de família e quer iniciar uma produção própria de uva ou mesmo de vinho, prepare-se para trabalhar arduamente e para se angustiar com uma multitude de factores, controláveis ou não, que irão afectar o sucesso desta sua aventura.
A forma de plantação já deve ter em conta o futuro bom equilíbrio entre a raiz, a planta verde e o número final e optimizado de cachos por planta. A partir daí há que acompanhar a vinha através de podas e tratamento fitossanitários que impeçam o aparecimento de doenças na planta, sem afectarem (quer as