O Mal que o Plágio Causa ao Gênio Criativo Acadêmico “Sei que as vezes uso palavras repetidas mas, quais são as palavras que nunca são ditas?” (RUSSO,1986). Na composição Quase sem Querer, Renato Russo, nos mostra o dialogismo e sua importância para a concepção das obras literárias, através da busca de outras fontes de ideias simples, mesclando-as e tornando-as complexas, alinhavando-as até o desfecho de seu trabalho. Prova disso é a letra de Monte Castelo, de 1989 onde ele une versos extraídos da Bíblia com versos do Soneto 11, de Luís Vaz de Camões. No entanto, quando o assunto é produção acadêmica, é necessário discernimento para que não nos tornemos românticos ou ingênuos, a ponto de achar que podemos apropriarmo-nos do intelecto de outrem sem incorrer em crime de plágio, previsto pela lei 9.610, que afirma pena de reclusão de três meses a um ano ou multa. Além de criminosa, tal ação cria uma espécie de texto frankstein, uma aberração literária onde não há autenticidade, mas uma miscelânea de ideias usurpadas de um ou vários autores, prejudicando não somente o autor, mas principalmente, o plagiador, pois sua ação interfere diretamente no seu desenvolvimento criativo enquanto produtor textual, ocasionando um retardamento de aprendizado. A transgressão vem sendo banalizada de tal forma, que há na rede mundial de computadores, sítios eletrônicos facilitadores de plágios, onde com facilidade encontramos desde monografias a teses de doutorado. Se por um lado, como salienta o texto de Obdália Santana, os graduandos tentam legitimar o plágio afirmando ser o excesso de tarefas acadêmicas a principal causa, por outro lado o que percebe-se nos corredores e nas salas das universidades, é o medo de errar, o receio de parecer incapaz frente a seu mestre e seus pares, uma imaturidade gerada talvez pelo desejo de ser aceito como alguém produtivo no grupo sócioacadêmico. O papel da universidade, é a fiscalização e coação de tais atos, na forma da lei. Porém, tais