TRABALHO SOBRE FAMÍLIA
Aquela que se define pela ausência do parceiro sem necessariamente acontecer à manutenção feminina, aquela em que há a ausência masculina e a manutenção feminina, aquela em que há a manutenção feminina, não implicando necessariamente a ausência masculina, as representantes comunitárias entrevistadas situavam-se no intervalo dos 25 aos 60 anos, destacando-se o intervalo de 40 a 50 anos, corroborando a afirmação de estudiosos a respeito do ingresso das mulheres mais idosas no mercado de trabalho. O nível de escolaridade oscilava entre o primário e ginásio. A maioria era casada e mantenedoras de seus domicílios.
O QUE PODE EXPLICAR O AUMENTO DO NÚMERO DE MULHERES QUE “CHEFIAM” AS FAMÍLIAS?
O ingresso feminino no mercado de trabalho está associado a uma diversidade de questões que incluem o processo de urbanização, industrialização, consumo, emancipação. No Brasil, segundo dados do censo do IBGE (2000), as famílias chefiadas por mulheres representam 24,9% dos domicílios brasileiros. O nordeste é a região brasileira que apresenta a maior proporção de domicílios chefiados por mulheres, com 25,9%, acompanhado da região sudeste com 25,6%. As chefias femininas crescem no país como um todo, é um fenômeno tipicamente urbano, a maioria é do tipo monoparental, destacam-se as mulheres mais jovens, separadas, negras, mais pobres e com baixo grau de escolaridade. A grande concentração da chefia feminina encontra-se nas camadas pobres, visto que a própria condição de pobreza, e muitas vezes miséria, conduz as mulheres ao mercado de trabalho em situações que vão desde o compartilhar a manutenção da casa com o companheiro, até responsabilizar-se sozinha pelo domicilio. Mas será que a participação das mulheres no mercado de trabalho, acompanhado a pobreza é o elemento motivador e primordial do ingresso ao trabalho é, na maioria das vezes, a luta pela sobrevivência. As mulheres das camadas mais pobres, além de