Trabalho produtivo e trabalho improdutivo
É um tanto quanto lógico quando ao se ter em mente o fator trabalho, logo relacioná-lo a algo como obrigação. No entanto, mesmo que este já tenha sido considerado um castigo ou uma necessidade para a sobrevivência, o trabalho acaba por integrar a vida humana, seja ele físico ou intelectual. No decorrer dos tempos o trabalho passou por várias reestruturações, tornado-se uma ação cujo resultado se incorpora no objeto, desencadeando divisões que se atrelam a diferentes critérios da vida humana. A história humana é a história de luta de classes, o que esta diretamente envolvida na divisão do trabalho social de modo especial nos aspectos profissionais, incluindo-se a especialização e as obrigações, sendo oportuno salientar que o trabalho depende da configuração e do tipo de atividade, tendo uma distinção em dois níveis: o mental – trabalho intelectual, dos administradores que se manifesta no produto, por exemplo, programa, projeto, obra literária e, num plano inferior, o manual – trabalho braçal, dos operários, restrito ao cumprimento de ordens, que se manifesta em movimentos exteriores. Conforme o tipo de trabalho, assim o comportamento do sujeito que o produz. A divisão do trabalho se atrela a diferentes critérios no curso da vida humana, certas atividades talvez não possam ser destinadas a certos indivíduos devido à falta de condições físicas, experiências ou formação, enquanto outras atividades, devido ao avanço tecnológico, por sua vez, exige não só a competência, mas também a comprovação escolar dela para determinadas funções. As relações de trabalho implicam um complexo sociocultural que envolve valor e configuração social, definindo desta maneira a caracterização deste, o que nos permite visar dois tipos de trabalho: um que produz lucro e outro que não. O trabalho