Anomalias Cardiovasculares
O período que decorre do vigésimo ao qüinquagésimo dia após a fecundação é caracterizado como o período critico do desenvolvimento do coração, devido ao fato de que diversos eventos importantes ocorrem nessa fase. A alteração dos padrões normais de desenvolvimento em um momento desse período tem alta probabilidade de promover uma anomalia congênita do coração. Agentes teratogênico, choques mecânicos e outros fatores podem gerar essas anomalias. Os pulmões não funcionam durante a vida pré-natal por isso o sistema cardiovascular é estruturado de maneira que o sangue seja oxigenado na placenta e em grande parte desviado dos pulmões. Após o nascimento ocorrem modificações progressivas no padrão circulatório que se estendem durante a infância. As anomalias congênitas podem ser prevenidas em três níveis. A prevenção primária ocorre principalmente no período pré-concepcional e consiste em evitar a doença, reduzindo a susceptibilidade ou a exposição ao fator de risco. A prevenção secundária é realizada no pré-natal. tem por objetivo evitar a evolução e seqüela da doença através da detecção precoce e tratamento oportuno e a prevenção terciária é realizada no pós-natal tendo por objetivo evitar as complicações da doença através da reabilitação e correção adequadas.
COMO DIAGNOSTICAR ANOMALIA CONGÊNITA CARDÍACA
Para diagnosticar um defeito cardíaco numa criança utilizam-se as mesmas técnicas que para os adultos. Nas crianças com defeitos cardíacos, a circulação sanguínea anormal produz um «murmúrio» (sopro), um som irregular que pode ouvir-se com um estetoscópio. Para determinar a natureza específica do defeito costuma realizar-se um electrocardiograma (ECG), uma radiografia do tórax e um exame com ultra-sons (ecocardiograma). Muitos defeitos cardíacos podem ser corrigidos cirurgicamente. O momento indicado para realizar a operação dependerá do defeito específico, dos seus sintomas e da sua gravidade.