morte e vida severina
Morte e Vida Severina – um auto de natal pernambucano
GÊNERO
Poesia
AUTOR
João Cabral
DADOS
BIOGRÁFICOS
Nome completo: João Cabral de Melo Neto
Nascimento: 9 de janeiro de 1920, Recife
Morte: 9 de outubro de 1999, Rio de Janeiro
BIBLIOGRAFIA
"Pedro do sono", 1942
"O engenheiro", 1945
"O cão sem plumas", 1950
"O rio", 1954
"Quaderna”, 1960
"Poemas escolhidos", 1963
"A educação pela pedra", 1966
"Morte e vida Severina e outros poemas em voz alta",
1966
"Museu de tudo", 1975
"A escola das facas", 1980
"Agreste", 1985
"Auto do frade", 1986
"Crime na Calle Relator", 1987
"Sevilla andando", 1989.
RESENHA
A obra apresenta várias passagens ou cenas, etapas na longa caminhada do retirante Severino, que sai em busca da vida, caminhando em direção ao mar e atravessando as regiões típicas dos estados nordestinos.
MORTE E VIDA SEVERINA - o título do livro já denuncia a qualidade de vida que o autor vai retratar, valorizando mais a
MORTE e menos a VIDA. É como se a VIDA fosse perseguida de perto pela MORTE, criando uma ameaça constante.
Morte e Vida Severina se divide em 18 cenas ou fragmentos poéticos, todos precedidos por um título explicativo de seu conteúdo, praticamente resumos do que encontramos nos poemas em si. Podemos separá-los em dois grandes grupos.
As primeiras 12 cenas descrevem a peregrinação de Severino, seguindo o rio Capibaribe, fugindo da morte que encontra por toda parte, até a cidade do Recife, onde, para seu desespero, volta a encontrar apenas a miséria e a morte. Trata-se do
Caminho ou Fuga da Morte. Nesta parte o poeta habilmente alterna monólogos de Severino a diálogos que trava ou escuta no caminho. As últimas 6 cenas apresentam O Presépio ou O Encontro com a Vida, em que é descrito o nascimento do filho de José, mestre carpina, em clara alusão ao nascimento de Jesus. A peça se encerra, portanto, com uma apologia da vida, mesmo que seja severina. Toda esta parte, com