Morte e Vida Severina

Aluno: Luci Afonso de Oliveira
Curso: Licenciatura em Letras – Português
Semestre/ano: 1º/2013
Disciplina: Literatura Teoria e Crítica
Professora: Andréa Márcia M.A. Coutinho

ATIVIDADE PRÁTICA
Análise literária do poema “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto

Em qual gênero literário se enquadra “Morte e Vida Severina”? Justifique e exemplifique todas as suas afirmativas.
O texto literário envolve dimensões universais, individuais e históricas, segundo Domício Proença Filho. O poema “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto, reconstrói através da linguagem simbólica a realidade dos retirantes nordestinos que regularmente fogem da seca, buscando uma vida melhor em outro lugar. É o drama também de milhões de pessoas no planeta, que historicamente vêm enfrentando a fome e a miséria.
O crítico Emil Staiger considera que qualquer obra autêntica participa dos três gêneros literários, e sua classificação é ditada pela predominância das características deste ou daquele estilo, admitindo-se variantes, formas mistas e novas realizações artísticas. Os gêneros são vistos como realidades dinâmicas, que possibilitam mudanças e variações. “...cada poesia participa, em maior ou menor escala, de todos os três gêneros literários, já que nenhum deles, como obra artística baseada na língua, consegue furtar-se totalmente à essência da linguagem”. (STAIGER, 72)
O poema “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto, é um clássico da literatura brasileira, e que se enquadra nos gêneros dramático, lírico e narrativo.
1. Por que o poema pertence ao gênero dramático?
O poema possui a estrutura dramática de uma peça de teatro. O enredo é em grande parte construído em diálogos, que compõem uma tragédia, um retrato do sofrimento humano, neste caso, a agonia dos retirantes nordestinos, os “severinos” que fogem da seca.
O uso da linguagem reflete a dura realidade dessas pessoas, por exemplo, nos verbos recorrentes no texto, que indicam luta e