Trabalho em sala de aula
É imprescindível que o professor alfabetizador saiba identificar e compreender o raciocínio realizado pelas crianças para conseguir orientá-las com sucesso na superação das hipóteses e na descoberta da explicação que realmente funciona para o sistema de escrita da língua portuguesa. O aprendizado do sistema de escrita não se reduziria ao domínio de correspondência entre grafemas e fonemas (a decodificação e a codificação), mas se caracteriza como um processo ativo por meio do qual a criança, desde seus primeiros contatos com a escrita, construiria e reconstruiria hipóteses sobre a natureza e o funcionamento da língua escrita, compreendida como um sistema de representação. Partindo dessa concepção, uma proposta de ensino de língua deve valorizar o uso da língua em diferentes situações ou contextos sociais, com sua diversidade de funções e sua variedade de estilos e modos de falar. Para estar de acordo com essa concepção, é importante que o trabalho em sala de aula se organize em torno do uso e que privilegie a reflexão dos alunos sobre as diferentes possibilidades de emprego da língua. Isso implica, certamente, a rejeição de uma tradição de ensino apenas transmissiva, ou seja, preocupada em fornecer ao aluno conceitos e regras prontas, que ele só tem que memorizar, e de uma perspectiva de aprendizagem centrada em automatismos e reproduções mecânicas.
Em 15 de outubro de 1827 foi promulgada a primeira Lei que