Humilhação social e a invisibilidade pública
O artigo retrata a interlocução entre dois autores, onde eles discutem acerca da invisibilidade social, onde bem sabemos que a invisibilidade social diz respeito a alguma coisa ou algo que não se vê.
O sociólogo Jessé Souza visa aferir as diferenças de classe, gênero, cor e idade, onde os fatores são os principais problemas da sociedade. De acordo com levantamentos do autor, um terço dos brasileiros vive sob condições precárias e excluídas sócio culturalmente. Para ele, o problema da ralé é a questão mais importante do Brasil moderno, onde este está associado a outros problemas como segurança pública, trabalho informal, o racismo e o preconceito regional.
Já o psicólogo Fernando Braga, o mesmo desenvolveu uma teoria onde foi tema de um trabalho da Universidade, ele teria que trabalhar juntamente com os garis daquele campus durante certo período. Mas mesmo teve uma percepção muito além do trabalho, e resolveu se aprofundar no assunto de um tema tão intrigante desta profissão subalterna e não qualificada, profissão desumana e mal paga, onde a humilhação desta profissão não fere só o corpo, mas a alma também. Trabalho sujo, insalubre, braçal e humilhante. Ele descobriu que esses trabalhadores não eram vistos como pessoas, mas sim como função. Durante o seu projeto ele ficava perambulando pelo campus varrendo e catando lixo e descobriu que era invisível , pois nem seus colegas e nem os professores o reconheciam, viam apenas um trabalhador catando a sujeira, passava despercebido.
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Os autores visam compreender a invisibilidade social, observando as indiferenças humanas e o sofrimento, onde tenta mascarar e camuflar as feridas desses atores sociais, por quem acha que não tem nada a ver com o problema “eu te olho, mas não te vejo”. A sociologia de Gessé Souza, nada contra a maré, vindo a causar certo desconforto no meio, mas ele só quer mostrar uma nova