Trabalho do menor
Durante toda a história humana, a criança e o adolescente sempre trabalharam junto às suas famílias e tribos, não havendo distinção entre eles e os adultos com quem conviviam, praticando ações em igualdade, dentro de suas capacidades. O histórico do trabalho do menor, então, é milenar. A priore, o labor na infância tinha como escopo o preparatório profissional e moral. Desde as Corporações de Ofício, o menor trabalhador contribui para o desenvolvimento econômico das nações. Aliás, é bastante nítido que o trabalho dos menores sempre esteve ligado à situação econômica, tanto do país, como do próprio grupo familiar . O trabalho do menor é um fenômeno social presente no Brasil desde o início do seu povoamento, com origens na colonização portuguesa e no sistema escravocrata. As crianças têm sido alvo de diversos tipos de exploração ao longo da história, e que diversos mecanismos de proteção aos tais vem sendo implementados, a fim que sua tenra transição ocorra com a dignidade que eles merecem.
O menor no âmbito do trabalho ao longo do tempo
Com a abolição da escravatura, os filhos dos escravos que não conseguiam trabalho ficavam pelas ruas, assim como os filhos dos brancos que encontravam-se também desempregados com a crise econômica que avassalou o país na época. Assim, dentro deste contexto, a mão-de-obra infantil continuou a ser explorada por ser mais dócil, mais barata e com facilidade de adaptação ao trabalho.
Com a Revolução Industrial o trabalho do menor foi equiparado ao das mulheres, a jornada de trabalho tornou-se exaustiva, 12 a 16 horas por dia, além disso, não havia qualquer proteção à integridade física e garantia do pleno desenvolvimento dos menores trabalhadores que desempenhavam , até mesmo, atividades insalubres. Exerciam funções iguais as dos operários adultos embora recebessem salários bem inferiores. O trabalho era desumano, em ambientes impróprios, horário noturno e sem direito a descanso semanal. As crianças eram