Trabalho De Tica
MBA em Gestão de Projetos
William Dias Guimarães
Ética e Responsabilidade Social
Professor Jorge Longo Hellu
São Caetano do Sul
2014
Trabalho em uma montadora de veículos localizada no estado de São Paulo como técnico de segurança do Trabalho. Dentre as minhas atribuições, está a de elaborar relatórios de defesa e acompanhar as perícias judiciais que ocorrem na fábrica, em virtude de processos trabalhistas abertos por empregados que pleiteiam adicionais de insalubridade, periculosidade ou indenização por doenças ocupacionais.
Após o encerramento de uma perícia ocorrida no início de 2014, minha colega de trabalho foi abordada por um perito judicial, que entregou a ela um envelope, contendo o nome de diversos empregados da área produtiva. Segundo ele, tratavam-se de pessoas que, se abrissem processos contra a empresa, teriam grandes de ganhar e, dessa forma, para cada processo aberto e ganho, seriam repassados 10% do montante para ela. Para tanto, ela precisaria apenas entrar no sistema de RH da empresa e conseguir os números de telefone destes empregados, e repassar para o perito.
Esta experiência representa um grande conflito ético, pois os peritos judiciais deveriam ser figuras imparciais nomeadas pelos juízes, a fim de averiguar as condições reais de trabalho nas empresas, e não estarem associados a advogados, com o objetivo de conseguir novas ações abertas contra as Organizações.
A postura da minha colega de trabalho foi a de devolver o envelope para o perito, dizendo que não poderia realizar a atividade e, após ele ir embora, comunicou o departamento jurídico da empresa. Neste momento, discordo da ação tomada pela empresa, pois nada foi feito após a denúncia. Este mesmo perito continuou realizando vistorias na fábrica, e em nenhum momento o ocorrido foi informado à vara trabalhista competente.
De acordo com a minha análise, a melhor sequência de ações teria sido a de receber o envelope