TRABALHO DE TICA
Essa perspectiva modernizadora pode ser verificada no Código de 1975: “o valor central que serve de fundamento ao serviço social é a pessoa humana. Reveste-se de essencial importância uma concepção personalista que permita ver a pessoa como centro, objeto e fim da vida social”. Percebe-se nesse código que o serviço social já não é mais tratado como uma atividade humanista, os deveres profissionais já não apresentam como decorrência de um compromisso religioso, mas trata-se de uma obrigação formal dada pela legislação à qual a profissão é submetida. No entanto se reafirma a posição acrítica em face a ação disciplinadora do Estado.
O Código de Ética de 1993 representou a expressão formal da ruptura com o conservadorismo no campo da ética.
O Código de Ética Profissional do Assistente Social de 1975, também foi formulado e debatido em pleno período de ditadura militar, durante o governo Geisel. Esse período foi caracterizado por elevados índices inflacionários, dívida externa crescente e salários extremamente baixos. Do ponto de vista da sociedade houve muitas manifestações históricas na defesa dos direitos humanos e na busca da liberdade de expressão. E apesar da população manter-se dominada pelo regime, os movimentos sociais passaram a enfrentar o regime ditatorial. No entanto, assim como os demais Códigos de Ética, era orientado pelo tecnicismo, funcionalismo e neotomismo. Seu texto trouxe à tona algumas inovações, como os Institutos de Defesa Social, o exercício profissional regido por direitos e deveres e a criação de instrumentos profissionais. O serviço social tornou-se reconhecido como uma profissão liberal, de nível universitário, gozando de decorrentes prerrogativas e defesa do que lhe é privativo. Após o fim do processo econômico de crescimento acelerado, o modelo ditatorial entrou em colapso. No final da década de 70, os movimentos sociais ganharam força, graças à luta da classe trabalhadora, dos sindicatos e até mesmo da Igreja