Trabalho de Bioquimica
A cárie é um fenômeno essencialmente de superfície e nele intervém obrigatoriamente os microorganismos. Na produção da cárie, exige-se contato entre os microorganismos envolvidos e o substrato glicídico na superfície do dente. O trimônio:dente-microorganismo-glicídios é condição para a produção da cárie dental. Rompida esta cadeia, a cárie não se produz.
Os fatores locais são, pois, mais importantes que os fatores gerais sistêmicos em relação à etiologia da cárie dental.
Três hipóteses químico-parasitárias-locais foram formuladas para explicar a etiologia da cárie.
Teoria Acidogênica
Segundo esta teoria a flora acidogênica é a principal responsável pelo comprometimento do esmalte.Os microorganismosacidogênicos da placa dental decomporiam os açucares, resultando em ácidos, notadamente o ácido láctico, que inicia a dissolução do esmalte dentário. Em seguida, os microorganismos proteolíticos se instalam na lesão inicial, atacando a matriz orgânica protéica do esmalte, resultando em novo contigente ácido, representado pelos aminoácidos, hidroxiácidos, cetoácidos, ácido cético, ácido sulfúrico, etc., que prosseguem descalcificando e destruindo todo o esmalte, propiciando a invasão de toda a estrutura dentária pelos microorganismos do meio bucal. Assim sendo, a teoria acidogênica explica os eventos bioquímicos, conforme as seguintes etapas.
Etapa I: Dissolução do Esmalte
A hidroxipatita, em meio ácido, fragmenta-se em unidades de ortofosfato de cálcio insolúvel e,posteriormente, em ortofosfato monoácido de cálcio solúvel.
Etapa II: Proteólise da Matriz Esmalte
A matriz protéica do esmalte pela ação das proteases elaboradas pelos microorganismos proteolíticos produzem aminoácidos diversos, e estes, através de enzimas específicas, como tivemos a oportunidade de estudar a fermentação pútrida, sofrem os processos bioquímicos de desaminação, descarboxilação, oxidação e redução, originando vários outros ácidos, que prosseguem a destruição