Trabalho BACEN
A atuação de um banco central é, sem dúvida, um dos principais fatores de influência no desempenho da economia de um país, em meio ao cenário global. Não se deve limitar a discussão sobre a atuação dos bancos centrais apenas às decisões sobre taxas de juros ou políticas monetárias. Metodologia, ideologia, imagem junto aos mercados e demais governos e vários outros fatores levantam importantes questões sobre como os bancos centrais dos países influenciam a economia mundial. O presente trabalho objetiva analisar alguns desses fatores, sintetizados nos seguintes pontos:
- A importância dos modelos estruturais
- Independência dos bancos centrais: a opinião de Alan Blinder
- Influência dos mercados financeiros nas decisões do Banco Central
Para a realização deste trabalho, utilizaremos como bibliografia principal a obra de Blinder, entitulada: “Bancos Centrais: Teoria e Prática”. Analisaremos, a partir desta obra, como se dá a relação entre a teoria macroeconômica e a atuação dos bancos centrais, para facilitar a compreensão dos pontos acima levantados. A atuação de Alan Blinder como vice-presidente do Federal Reserve (FED), o banco central americano, e como membro do Federal Open Market Committee (FOMC), que equivale ao Comitê de Política Monetária (COPOM) brasileiro, além de sua atuação acadêmica, tornam práticas estas questões, que, apesar de importantes, não são analisadas com profundidade por aqueles que estudam e discutem as Ciências Econômicas.
A IMPORTÂNCIA DOS MODELOS ESTRUTURAIS Para discutir sobre a importância dos modelos estruturais para a atuação dos Bancos Centrais, é válido apresentar o modelo comumente utilizado, apresentado por Blinder (1999, p. 25), cuja forma estrutural é: y = F (y,x,z) + e A forma reduzida deste mesmo modelo é: y = G (x,z) + e “y” é vetor de variáveis endógenas (que podem ser objetivos dos bancos centrais); “x” é vetor de instrumentos políticos; “z” é o vetor de variáveis exógenas não políticas;