Trabalhadores escravos e libertos e o seu papel nas rebeliões da bahia do século xix
Autora: Beatriz Souza da Silva[2] silva_beatriz14@hotmail.com Orientadora: Profª. Msc. Liliane Maria Fernandes Cordeiro Gomes
Resumo: O século XIX é cercado por mudanças e surpresas, dentre elas a fortificação dos abolicionistas, e as lutas pela liberdade, no entanto o que se discute aqui não é apenas a liberdade, mas o papel do negro enquanto escravo pra que isso ocorresse. Trabalhadores escravos e libertos eram a “chave e o cadeado” da economia brasileira na época, e a partir do momento em que estes trabalhadores se unem e percebem que de fato eles são os mais importantes instrumentos para o crescimento do país, resolvem que é preciso por em vigor as poucas leis que os amparam, sendo então a melhor forma, as fugas reivindicatórias.
Palavras-Chave: Trabalhadores, Fugas, Liberdade.
INTRODUÇÃO – SER NEGRO
Na primeira metade do século XIX, a Bahia já havia se tornado o maior produtor de açúcar do Brasil e era no recôncavo baiano que poderiam ser encontrados os engenhos mais produtivos. No entanto, diante das más condições como cativos, escravos, erguem-se e deixam claro que não jugular-se-iam sem batalhar. Durante séculos o Brasil teve como seu sistema organizacional uma sociedade escravocrata, onde era difícil conviver em harmonia, já que, analisando documentos e obras do século XIX é fácil chegar à conclusão de que a sociedade poderia ser dividida em quatro grupos hierarquicamente organizados:[3] brancos, escravos, libertos sob condição (recebiam a liberdade, mas optavam em continuar vivendo junto ao senhor que lhe deu a carta da liberdade) e forros sem condição (quase livres). Estas duas últimas subdivisões entre libertos com e sem condição ganha maior evidência no pós-abolição, sendo fruto de estudos e críticas de grandes pesquisadores.
Ser escravo para o africano que acabava de aportar em cidades brasileiras significava lidar com