REBELIÃO ESCRAVA NO BRASIL (REVOLTA DOS MALÊS)
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS II / ALAGOINHAS
CURSO: HISTÓRIA – SEMESTRE: 2013.1
REBELIÃO ESCRAVA NO BRASIL
A HISTÓRIA DO LEVANTE DOS MALÊS EM 1835
Edição revista e ampliada
Alagoinhas – BA
Julho de 2013
REBELIÃO ESCRAVA NO BRASIL
A HISTÓRIA DO LEVANTE DOS MALÊS EM 1835
Alagoinhas – BA
Julho de 2013
A sociedade brasileira do século XIX foi totalmente baseada na escravidão. A vista do recôncavo descrita como magnífica por muitos estrangeiros escondia uma perplexa e perversa hierarquia social formada principalmente pela categoria dos trabalhadores, onde, 62,7% eram negros livres e 37,3% eram negros escravos que eram submetidos à política, sociedade e economia de Portugal; a população dividia sua origem entre brasileiros, africanos e europeus, os afro-descendentes foram à classe que mais rapidamente cresceu no século XIX, para cada 90 negros existia 100 negras.
Os negros escravos que se tornavam livres muitas vezes acabavam por morar nas ruas, e viravam mendigos, vistos pela classe media constituída por crioulos e mulatos, como a classe mais perigosa da sociedade. Segundo Kátia Mattoso a Bahia não tinha uma estrutura social rígido, o prestígio podia ser alcançado através do numero de escravos; quanto mais escravos, mais status o individuo recebia. No sonho de alcançar a liberdade, muitos africanos faziam alianças a fim de conseguir sua liberdade, colocando em jogo sua autonomia e dignidade. Pelo menos 40% da população livre possuíam escravos.
Alguns levantes antecederam a revolta do malês entre 1823 e 1830, mata maroto, revolta militar e o federalismo. A primeira foi um levante a fim de despejar sobre os crioulos toda a sua revolta perante a sociedade escravista, os negros saqueavam casas e transportes da plebe com intuito de vender essas saques por um preço que eles julgassem justo. O fato dos militares estarem sobre más condições de trabalho e pagamento