Em seu texto o autor evidencia os escravos como agentes políticos. Ele discute as relações étnico-culturais, religiosas e de classe que justificam a ação política de escravos e libertos na Bahia na primeira metade do séc. XIX. Escravo, malê ou nagô? Com a intensificação do tráfico de escravos, no final do séc. XVIII, a Bahia tornou-se cenário de inúmeras revoltas e conspirações que correra, na primeira metade do séc. XIX. Sendo a de 1835 a mais importante. A concentração de escravos africanos de etnias comuns permitiu uma cultura escrava mais independente Os africanos montaram na Bahia uma rede cultura rica, na qual se manteve com suas tradições, com adaptações ao contexto da escravidão. O autor trata os escravos como um grupo não tão homogêneo. Reis ele aborda o termo paternalismo, utilizado no processo escravocrata no sul dos EUA, para tentar explicar a relação do escravo no Brasil. Para E. P. Thompson o uso do termo não foi empregado com tanto sucesso, pois ele acreditava que o termo era bastante amplo para tratar de algo que exigesse uma análise minuciosa. Genovese utilizou o conceito para o contexto brasileiro, pois existiam várias formas de controle além do chicote. Ele utiliza o termo numa perspectiva gramsciana de hegemonia de classe. A revolta de 1835 foi entendida por diversos anos como uma revolta escrava. Contudo, é notável a grande hostilidade existente entre os escravos africanos e os crioulos, não existindo unidade para uma revolta classista. Os escravos estavam divididos em africanos crioulos e pardos tinham as relações diferentes com seus senhores, entretanto, de ocuparem a mesma posição, escravo. A participação dos africanos libertos no levante de 1835 foi devido fazerem parte de uma mesma etnia, possuíam mais laços do que escravos de etnias diferentes. A identidade étnica é compreendida como uma agregação local de materiais. Porém essa identidade étnica passou por uma reformulação para