Tontura e vertigem
Definição: Os pacientes usam o termo para descrever várias sensações, incluindo as que parecem apropriadas em termos semânticos ( “cabeça leve”, desmaio, sensação de rodopio, aturdimento). A partir das características semiológicas, distinguem-se vários tipos de tontura: tontura com sensação de rotação (vertigem), tontura com sensação de iminente desmaio, tontura com sensação de desequilíbrio e tontura com “sensação desagradável na cabeça” (portinho).
No contexto de alguns distúrbios da marcha, os pacientes queixam-se de tontura, apesar de não haver vertigem ou outras sensações cefálicas anormais, sendo portanto usado nesse contexto para descrever uma anormalidade de deambulação. A tontura associada a déficits sensoriais múltiplos ocorre em indivíduos idosos, que se queixam de tontura apenas quando deambulam, decorrente principalmente de reduções da sensibilidade dos pés ou déficit visual. A redução da propriocepção e os déficits visuais fazem com que o indivíduo dependa excessivamente do sistema vestibular senescente. Tontura geralmente significa desmaio (pré-síncope) ou vertigem (sensação ilusória ou alucinatória de movimento do corpo ou do ambiente, na maioria dos casos uma sensação de rodopio). A tontura pode ser classificada em três categorias:
1. Desmaio (síncope): o paciente se torna pálido, com escurecimento visual e transpiração profusa. Estes sintomas regridem rapidamente quando o paciente assume a posição deitada. Quando a causa é de origem cardíaca as manifestações surgem de modo súbito e tem curta duração. Se os sintomas tiverem instalação gradual e forem persistentes, deve-se pensar em hipoglicemia ou queda do fluxo sanguíneo cerebral.
2. Vertigem: tontura que adquire caráter rotatório, tendo o paciente a impressão de girar em torno do ambiente ou vice-versa. A sensação vertiginosa independe da posição em que se encontra o paciente, mas piora com a mudança de posição (portinho). É causada por um distúrbio do sistema vestibular.