Tontura e vertigem
Última Revisão: 05/10/2008
AUTORES
Norberto Anízio Frota
Neurologista pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
Pós-graduando (doutorado) em Neurologia pela Faculdade de Medicina da USP
Especialista em Neurologia Cognitiva e do Comportamento pela Faculdade de Medicina da USP
Fernanda Martins Maia
Neurologista pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Pós-graduanda (doutorado) em Neurologia pela Faculdade de Medicina da USP
INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES Tontura é uma das principais razões de consulta médica, seja ambulatorial ou em unidades de emergência. Trata-se de uma queixa inespecífica, pois o paciente utiliza esta queixa para se referir a sintomas muito diversos. Desta forma, quando um paciente apresenta-se ao médico referindo tontura, este deve ser capaz de diferenciar os sintomas e tentar caracterizá-los em um dos grupos a seguir, o que será fundamental para elaborar o diagnóstico diferencial. • Lipotímia ou pré-síncope: o mecanismo da pré-sincope é a diminuição do fluxo cerebral. O paciente costuma referir mal-estar de difícil caracterização, evoluindo com escurecimento visual, sensação de fraqueza, sudorese e palidez. Se houver redução mais intensa no fluxo cerebral pode haver síncope, com perda súbita e breve da consciência. Causas comuns de pré-síncope e síncope são:
hipotensão postural por desidratação, sangramento, diuréticos e anti-hipertensivos;
causas cardíacas como doenças valvares (por exemplo, estenose aórtica) e arritmias cardíacas;
reflexo vasovagal, comumente precipitado por dor, algumas situações específicas (por exemplo, punção venosa, sangue) ou quando o paciente fica em pé sem se movimentar por tempo prolongado(por exemplo, fila de banco). • Vertigem: sensação de movimento quando este não está ocorrendo. Esta pode ser dividida em dois tipos:
rotatória: sensação de movimento giratório do meio em relação ao indivíduo ou