Reabilita O Vestibular
O equilíbrio corporal é fundamental no relacionamento espacial do homem com o ambiente. É uma complexa interação entre o sensorial e o motor que nos previne de quedas ao chão, por exemplo, quando o corpo se mantém ereto dentro de um ônibus em movimento. Porém, quando ocorre uma alteração visual, proprioceptiva ou vestibular surgem alterações que caracterizam o desequilíbrio. Se a alteração é de origem vestibular, ocorrem sintomas, que entre outros, a tontura é o mais comum e o que mais afeta a qualidade de vida do indivíduo.
Uma abordagem terapêutica que vem destacando-se é a reabilitação vestibular (RV). Ela foi criada na Inglaterra em 1946 pelo médico Cawthorne e o fisioterapeuta Cookse; no Brasil, está sendo implantada há duas décadas. Cawthorne e Cookse incentivaram pacientes a movimentarem a cabeça e os olhos em todas as direções, mantendo enquanto sentissem a tontura, tendo apresentado bons resultados.
GANANÇA e CAVIOLLA (1998) descrevem que é possível obter cura completa em 30% dos casos ou diferentes graus de melhora em 80% dos pacientes vertiginosos tratados exclusivamente por meio de exercícios de reabilitação. Porém, é comum uma múltipla abordagem terapêutica personalizada consistindo em um grupo de medidas concomitantes, como o tratamento etiológico, medicação, reabilitação auditiva e/ou vestibular, correção de erros alimentares e orientações de mudanças de hábitos, eventual aconselhamento psicológico.
Os pacientes vertiginosos tendem a ficar de cama onde eles se sentem protegidos contra as manifestações da tontura, mas, na verdade, quanto maior a movimentação física, melhor para a resolução da vertigem (POPPER, 2001).
O programa de terapia destes pacientes deve ser baseado nas características clínicas e especificamente para o seu tipo particular de distúrbio labiríntico. Neste contexto, é imperiosa a atuação da Fisioterapia na Reabilitação Vestibular, através de protocolos de exercícios, com o objetivo de restabelecer o