Tomate
Assim como a batata, a berinjela, o jiló e o pimentão, o tomate também pertence à família Solanaceae, mas, apesar de ser comercializado como uma hortaliça, o tomate é, botanicamente, um fruto, gerado após a fecundação da flor do tomateiro (Lycopersicon esculentum Mill).
O tomate um fruto originário da região da América do Sul, onde hoje são Peru e Equador. Os primeiros registros mostram que o tomate era cultivado pelos incas como alimento. O nome "tomate" pode ter tido origem nas palavras astecas "ximate", "zitomate" e "tumate", ou ainda, da palavra mexicana "tomati".
A planta somente foi levada para a Europa no início do século XVI. Os primeiros países que receberam o fruto foram a Espanha e a Itália, onde foi batizado de pomo d'oro (frutas de ouro). Na França, o fruto foi utilizado somente como planta ornamental por anos, já que os franceses achavam que o tomate tinha propriedades afrodisíacas e venenosas. No século 18, os italianos criaram uma variante vermelha da fruta. Com ela, o cozinheiro Francesco Leonardi fez uma massa com molho.
O consumo de tomate teve grande aumento no final do século XIX e, hoje, ele pode ser considerado a segunda hortaliça mais cultivada no mundo, depois das batatas. A grande aceitação e apreciação do tomate e seus derivados teve início no século XX, com a popularização do ketchup pela expansão mundial dos fast foods. A boa aceitação de pratos mediterrâneos como a pizza e a macarronada também contribui para o aumento do consumo de tomate e molhos nas últimas décadas.
Sucesso nas receitas, os tomates possuem também uma característica que os tornam importantíssimos para a saúde: a presença de licopeno, uma substância que, segundo pesquisas, é capaz de proteger o organismo de doenças cardíacas e câncer. A absorção do licopeno favorecida pelo cozimento do tomate, uma vez que o calor ativa ainda mais a substância. Por isso, os molhos são uma boa opção, já que o óleo utilizado no molho também facilita a absorção do licopeno.