Tipos De Signos
Ícone (signo icônico):
Signo cuja relação com o objeto está baseada nas qualidades, na semelhança entre qualidades (forma, cor, textura) do signo e as do objeto. Essa semelhança vai da sugestão (uma nuvem que se assemelha a algo, por exemplo), até uma similarida maior, como imagens e esculturas. Metáforas verbais ou imagéticas também são signos icônicos, pois estabelecem uma relação com o significado (objeto) pelas qualidades.
Índice (signo indicial):
É aquele signo cuja relação com o objeto é estabelecida pelo indício, ou seja, o signo é uma parte do objeto, por isso, tem o poder de indiciar, apontar pra ele. São signos de ligação existencial com o objeto. Pode-se pensar também em uma relação de causa e efeito. Por exemplo, o sol, no céu, tem o poder de indiciar as horas, portanto, é um signo indicial do horário.
Símbolo:
É aquele signo que possui uma relação de representação totalmente abstrata em relação ao objeto. Ele representa por convenção. Por isso é chamado, também, de um signo de lei. Toda palavra é signo simbólico em relação ao seu sentido.
Atenção: Em boa parte dos contextos, ícones, índices e símbolos se relacionam e, coletivamente, produzem sentido. A questão é verificar se há predomínio de um ou outro.
Importante ressaltar:
Todo índice e todo símbolo são constituídos por ícones, ou seja, carregam em si aspectos icônicos.
A classificação de um signo é sempre dependente do contexto. Por exemplo, as bandeiras dos países são símbolos (em seu processo de criação), mas podem indicar, em determinada situação, a existência de um prédio oficial. As marcas são símbolos das empresas representadas, mas em anúncios cumprem um papel indicial.
Outras tricotomias peirceanas:
Sobre a relação do signo consigo mesmo: diz respeito ao que dá capacidade ao signo para funcionar como tal. Pode ser sua qualidade (quali-signo), sua singularidade (sin-signo) ou seu caráter de lei (legi-signo).
Sobre a relação entre o signo e seu interpretante: para o