TI Competitiva
Investir em TI tornou-se uma obrigação para muitas organizações, uma vez que a concorrência tem, em geral, gasto bastante em tecnologia, e essa obrigação tem feito com que muitos desses gastos sejam feitos sem planejamento (LUNARDI et al., 2010). Segundo McAfee (2004), cerca de US$ 130 bilhões podem ter sido desperdiçados em aquisições de TI entre 2000 e 2002. O crescimento dos investimentos em TI por parte das empresas de pequeno e médio porte já era identificado por Palvia e Palvia (1999) desde o início da década de 1990. Mas, de acordo com Fuller (1996), o investimento em TI é feito majoritariamente nas áreas operacionais e administrativas, sendo pouco usado para auxiliar as atividades estratégicas e a tomada de decisão.
A célebre frase citada em 1987 pelo economista Robert Solow, ganhador do prêmio
Nobel em Economia, “vemos computadores em toda parte exceto nas estatísticas de produtividade” (SOLOW, 1987), desencadeou uma discussão sobre a discrepância entre os investimentos em tecnologia da informação e produtividade, conhecida hoje como “paradoxo da produtividade”. Albuquerque (2003) tem o mesmo pensamento, pois enfatiza que após duas décadas do emprego da TI nos processos operacionais, ainda hoje não se consegue mensurar o retorno do investimento por meio do ganho de produtividade.
Debates sobre o uso de TI tornaram-se frequentes entre os acadêmicos e amiúde tratam de seu impacto na competitividade da empresa. Nesses debates, não faltam argumentos dos dois lados da questão. Os que concordam com o artigo de Nicholas Carr “IT Doesn´t Matter” argumentam que TI está se tornando uma commodity e gradativamente passará a ser “invisível”, assim como a energia elétrica e, portanto, não implicará na competitividade das empresas (CARR, 2003). Outros, numa visão talvez afetada pela eloqüência dos vendedores de tecnologia, supervalorizam a TI, adotando-a como a “cura de todos os males”. O fato é que existe verdade nos dois lados. Mas Strassmann