Texto: Max Weber - A Ciência como Vocação

Texto: Max Weber- Ciência como Vocação
Max Weber, sociólogo alemão - cuja formação abrangeu da economia ao direito, da filosofia à história comparativa e à sociologia - proferiu o citado “Ciência como Vocação” sob forma de conferencia em meados do século XX. Sendo esta destinada aos jovens estudantes alemães.
Nesta palestra compara basicamente o sistema universitário alemão com o americano. Assim, trata inicialmente que todo o jovem que acredite possuir a vocação de cientista deve possuir também as qualidades de professor (o duplo aspecto da vocação cientifica).
Este duplo aspecto fica bem claro no sistema de ensino alemão, pois devido à renda que a universidade destina ao pagamento dos professores advirem de taxas cobradas aos alunos, explica-se o porquê da obsessão neste sistema de ensino em manterem-se as salas cheias. Por mais que o mérito do cientista permaneça alheio a essas ponderações, nesta situação, ser um mau professor equivale a uma sentença de morte universitária.
Dentre os enfrentamentos de ser professor universitário sob estas circunstancias, está o fato de que os alunos procuram determinados professores por motivos alheios à Ciência (temperamento, por exemplo), sendo que há ainda a necessidade de transpor o saber cientifico para uma linguagem suficientemente pedagógica, de modo a promover o entendimento do outro. Quando Weber passa a tratar da vocação cientifica propriamente dita, este argumenta que para se executar ciência é necessário que haja “paixão”. No entanto, esta deve servir somente como força motriz para se produzir algo que encerre valor (fator inspiração), já que a paixão pelo exercício da profissão não será suficiente por si só para assegurar o êxito.
Embora haja o discurso de uma Ciência livre de objetivos (ciência pura), “sem que possam relacionar-se a vantagens para o homem como melhor vestir-se, nutrir-se ou dirigir-se” (Weber, [191?]. A ciência como vocação) e que esta para ser valida deve ser isenta de valores - relação