RESENHA
Em seu texto “A Ciência como Vocação”, escrito em 1919, Weber estabelece uma linha de raciocínio a partir das relações externas – dotado de certo pedantismo, segundo ele – e de sua ideia de sociologia, desenvolvendo e questionando fatores pré-estabelecidos. Sua análise tem início na comparação de duas realidades muito distintas: A realidade acadêmica alemã e a realidade acadêmica americana. Segundo Weber, a vida acadêmica seria “um acaso incontrolável” (WEBER, Max. A Ciência Como Vocação. Página 07).
É impossível deixar de comparar as teorias de Weber com os fundamentos que serviram de base para todos os princípios da sociologia moderna: As teorias de Durkheim. Sem dúvida, estas teorias foram fundamentais para a elaboração do texto aqui em questão. Durkheim estabelece em sua Aula Inaugural ao Estudo das Ciências Sociais (1887), os princípios da sociologia enquanto ciência. Ele tentara, na época, nomear características oficiais para esta nova ciência que ainda não possuía uma identidade própria e tinha o objetivo de convencer e estabelecer seus métodos e objetos. Algumas destas características foram mantidas por Weber, e outras abertamente questionadas. Por exemplo, Durkheim diz, em sua Aula Inaugural, que a sociologia seria uma ciência puramente objetiva, comparando-a durante todo o texto à Física e à Biologia. Weber contesta