Texto AD HOC - para acentuar
Como consequência do Acordo Ortográfico (ou seria por absoluta falta de ideias?!), digno de uma verdadeira epopeia, meteu-se a falar sobre assentos e acentos nas escolas. (A propósito, chamava-se FranKlin Byron Baiuca o moço...só não era cauila nas palavras, vez que esbanjava pedantismo e retórica. Na verdade – diziam – uma feiura de figura!). Pois FranKlin Byron Baiuca bradava: - Todos descreem com desdém da escola...que os alunos não leem...que convêm ministrar mais cursos de capacitação para seus professores...MENOS ACENTOS NA LÍNGUA E MAIS ASSENTOS NAS ESCOLAS!!! Porque nosso presidente...porque o ex-presidente...e a PETROBRAS... A plateia, atônita, sorria-se. Que salada de frutas! Mas Baiuca, o Feiinho, não se intimidava: - Será que os professores não veem que os erros não são só dos alunos? Convêm com urgência mudar a forma...mudar a forma...mudar a forma que...que...que (titubeava o moço)...que foooorma os alunos!!! Eles não têm culpa...ou toda a culpa (corrigiu-se). (Percebe-se que, aos poucos, os presentes contêm, detêm o riso.) E lembrando-se do que o trouxera ali, Baiuca olhou firme para aquela excelsa assembleia, baixou a voz e arrematou: - Alguém já viu uma empresa de calçados culpar o sapato se esse sai com defeito da fábrica? Pode isso? Franklin juntou seus papéis, pegou seu chapéu e foi-se. Na