Teste piajet
Foi criada em 1956, na Faculdade de Ciências de Genebra, por Jean Piajet, o Centro Internacional de Epistemologia Genética, onde iniciou-se uma investigação sistemática, com auxilio de extensa equipe, sobre o desenvolvimento do pensamento da criança nas diversas formas de pensar (moral, abstrato, lógico e concreto). As conclusões dos estudos, derivados da aplicação de testes em crianças desde tenra idade, provaram que as aptidões para o raciocínio evoluem segundo estágios sucessivos ao longo do desenvolvimento físico da criança. Dada essa relação, concluiram que como a aptidão para o raciocínio acompanhava o desenvolvimento orgânico teriam também, então, raízes em estruturas orgânicas ou genéticas. Para Piajet, isso contrariava a fórmula comportamentalista S-R, que expressa o estímulo e a resposta sem a representação do que existe na mente que identifica o estímulo e permite a resposta. Em Piajet, a forma de raciocinar e de aprender da criança passa por estágios. Por volta dos dois anos, ela evolui do estágio sensório-motor - em que a ação envolve os órgãos sensoriais e os reflexos neurológicos básicos e, o pensamento se dá somente sobre as coisas presentes na ação que desenvolve - para o periodo operatório. Por fim, por volta da adolescência, chega ao estágio operacional-formal, em que pensa em coisas completamente abstratas, sem necessitar da relação direta com o concreto. Os estágios têm caráter integrativo. As estruturas construídas a um nível dado são integradas nas estruturas do nível seguinte. O período operatório, que é objeto deste estudo, subdivide-se em pré-operatório e operatório concreto. O presente trabalho visa observar experimentalmente (testes) as afirmações Piajetianas referentes ao desenvolvimento cognitivo da criança, com relação a noção de vários tipos de conservação que são elaborados durante o período das operações concretas e que diferencia os dois estágios. Conservação é definida por Piaget como a capacidade de