Teorias Ecônomicas Internacionais
O início da discussão sobre o comércio internacional está relacionado ao surgimento do capitalismo comercial e industrial na Inglaterra entre os séculos XVI e XIV e às propostas ideológicas da burguesia que defendiam o livre comércio como uma possibilidade de ganhos globais. Entretanto, não existe uma teoria geral do comércio internacional, já que os temas são bastante complexos e a diversidade dos fatores que o influenciam é enorme.
Há, então, diversas teorias sobre o tema, que serão apresentadas a seguir.
Modelo Liberal – Clássico:
A história das teorias do comércio começa com a obra de Adam Smith, A Riqueza das Nações (1776), escrita contra a visão mercantilista. Esta via o comércio internacional como um jogo de soma zero, isto é, para um ganhar o outro precisa, necessariamente, perder. O mercantilismo também pregava que para o sucesso econômico de uma nação o segredo era exportar bastante e importar o mínimo possível, o que acarretaria a anulação do comércio internacional, já que se todos os países seguissem essa lógica de apenas exportar, não haveria quem comprasse e logo não haveria mercado.
Adam Smith resolveu focar nas necessidades dos agentes econômicos, ao invés de nos interesses dos Estados, para demonstrar as possiblidades de ganhos globais no comércio internacional. Para isso, Smith baseia-se na teoria do valor-trabalho, que diz que o que determina o valor dos bens é o trabalho, ou seja, o preço de um bem está ligado ao custo de sua produção, que, por sua vez, é determinado pelas horas necessárias para produzi-lo. Essa lógica serve como base para as demais teorias, clássicas e neoclássicas.
Essa teoria, de valor-trabalho, pressupõe que todos os países tem pleno acesso aos demais fatores de produção (como capital e terra) por considerar o trabalho como elemento diferenciador e determinante dos custos do comércio internacional.
Smith deixa claro que a