bourdieu e giddens
Bourdieu e Giddens
A teoria de Bourdieu é comumente designada como Teoria da Prática. Esta surge após a incorporação heterodoxa de uma multiplicidade de fontes teóricas aplicadas empiricamente a uma diversidade de temas. Esta relação entre teoria e prática permitiu a produção de diversos conceitos, como os de campus e habitus. Numa relação dialética, os campos formam os habitus na mesma medida em que os habitus formam os campos. Bourdieu procura romper com a dicotomia, procurando enxergar o espaço social de forma mais complexa.
O ponto comum nas teorias de bourdieu e giddens é de romper com a dualidade entre sujeito e sociedade. Assim, “o habitus é uma noção mediadora que ajuda a romper com a dualidade do senso comum entre indivíduo e sociedade ao captar “a interiorização da exterioridade e a exteriorização da interioridade”, ou seja, o modo como à sociedade se torna depositada nas pessoas sob a forma de disposições duráveis, ou capacidades treinadas e propensões estruturadas para pensar, sentir e agir de modos determinados, que então as guiam nas suas respostas criativas aos constrangimentos e solicitações do seu meio social existente.”.
O habitus é um sistema de disposições que funciona como uma matriz de percepções, de apreciações e de ações, é o produto da história incorporada, que incorporamos na nossa socialização que permite explicar as estruturas sociais, integrando por isso todas as experiências passadas.
Bourdieu diz que “o ser humano incorpora sob a forma de esquemas inconscientes de percepção e de avaliação, as estruturas históricas da ordem masculina. (…) Não podemos esperar sair deste circulo a não ser na condição de descobrirmos uma estratégia prática capaz de efetuar uma objetivação do sujeito da objetivação científica. (…) essa estratégia consiste como diz Durkheim em explorar as formas desclassificação com as quais construímos o mundo.” Da mesma forma, ao invés de uma incorporação, Giddens fala de uma reprodução e