O mito do colapso do poder americano
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O Mito do Colapso do Poder Americano Toda análise da conjuntura internacional supõe uma visão teórica de longo prazo a respeito do tempo, do espaço e do movimento histórico do sistema mundial. Fiori afirma que a crise da década de 1970 não enfraqueceu o poder americano, pois todos os sinais que foram apontados como indicadores de seu declínio se transformaram no seu contrario. Foi também na década de 70 que ocorreu a crise final do Sistema de Bretton Woods, e o padrão dólar-ouro foi substituído pelo dólar flexível que permitiu aos Estados Unidos um poder monetário e financeiro internacional sem precedente na historia da economia. Fiori afirma também que as dificuldades políticas e econômicas americanas poderão se prolongar mais não significa o fim do poder americano, muito menos da economia capitalista. O que ocorre é que os Estados Unidos estão enfrentando uma crise de liderança das relações políticas imediatas com seus aliados e adversários. O declínio relativo dos norte-americanos não significa um colapso do seu poder e da sua supremacia mundial. Para o autor este declínio faz parte das transformações sistêmicas e estruturais em curso, com papel decisivo, que parte de uma teoria diferente que olha o sistema mundial como um universo em expansão continua, onde todos os Estados lutam pelo poder global. Ou seja, houve primeiro um aumento da pressão competitiva dentro do universo e depois uma grande explosão das suas fronteiras internas e externas. O aumento da pressão competitiva foi provocado pelo expansionismo de uma ou varias potencias lideres, e envolveu também um aumento do numero e da intensidade dos conflitos. E, a explosão expansiva que se seguiu projetou o poder destas unidades ou potencias mais competitivas para fora de si mesmas, ampliando as fronteiras do próprio universo. Até o fim do século XVIII, o sistema mundial moderno restringia-se aos Estados europeus e suas colônias americanas, e foi só após a grande explosão expansiva, no século XIX