teorias de estado
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Política III
Dentre várias teorias de Estado, daremos ênfase à proposta pelo sociólogo alemão Max Weber, que se baseia na “relação de dominação do homem sobre o homem” (Weber, Max. A política como vocação. In Ciencia política: duas vocaçõe. São Paulo: Cultrix, p.57).
A definição do termo dominação nas teorias Weberianas se apresenta como um caso especial de poder, sendo definido segundo Weber como a principal forma de ação social, tratando como dominação a instauração da obediência de um elemento sobre outro, sendo essa obediência vista como um dever dos dominados, ou seja, para a existência de dominação, é preciso fundamentalmente, que os dominados aceitem sua condição submissa e sigam as ordens dos dominantes. O autor apresenta em sua obra três tipos puros de dominação, a de base carismática, de base tradicional e por fim a baseada na legalidade, todavia, independe da forma com que a dominação se legitime é preciso acrescentar que essa aceitação parte sempre de algum interesse dos súditos que só possam se concretizar a partir da obediência.
Na dominação que tem por base o carisma, os dominados exercem certa devoção a seu líder, sendo essa um dever desses submissos, ou seja, o dominante é aceito como tal devido a suas características afetivas e no reconhecimento de suas virtudes e qualidades pessoais, sendo de certa forma irracional, já que não prioriza o fato do governante ser capaz ou não, mas sim relações afetivas com os dominados.
No que diz respeito à dominação baseada na tradição podemos afirmar que se trata da aceitação dos súditos a algum elemento que se apresenta como líder a partir de relações de poder já existentes, ou seja, como o próprio nome deixa claro, os dominados são reconhecidos pelos subordinados devido à tradicionalidade de seu poder, a partir de uma relação de dominação referente a um passado relativamente longo. Baseando