Teorias Da Argumenta O
Aristóteles
“A retórica não é meramente uma arte de persuasão, mas antes uma faculdade de descobrir especulativamente o que, caso a caso, pode servir para persuadir”
Aristóteles foi o primeiro filósofo a expor uma teoria da argumentação, procurando um meio caminho entre Platão e o Sofistas, encarando a Retórica como uma arte que visava descobrir os meios de persuasão possíveis para os vários argumentos.
Tinha por objetivo obter uma comunicação mais eficaz para o Saber que é pressuposto como adquirido. A retórica torna-se numa arte de falar de modo a persuadir e a convencer diversos auditórios de que uma dada opinião é preferível à sua rival. É neste contexto que surge o contexto de recepção: conjunto de opiniões, valores e juízos que um auditório partilha e que serão fundamentais na recepção do argumento, determinando a sua aceitação, a sua rejeição ou o seu grau de adesão.
Sendo baseada em critérios dialéticos, esta retórica torna-se a técnica de argumentação do verosímil, uma vez que as teses colocam-se como discutível no seio dos debates públicos. Qualquer um, pode apresentar contra-argumentos à tese do orador, que é forçado a apresentar novos argumentos a fim de manter credível.
Outra característica da retórica de Aristóteles e também muito importante, é a de que aqui, se pode distinguir três domínios: retórica, moral e verdade. É que o bom ou mau uso da retórica, ou seja, o uso da arte do bem falar para defender argumentos verdadeiros ou falsos, depende única e exclusivamente da ética de quem assim procede, isto é, da prioridade de valores morais que cada um vai estabelecendo ao longo da sua vida. Quer dizer que a retórica em si, não é boa nem má, o seu uso é que a torna boa ou má. Portanto, é uma ilusão pensar que a má retórica não tem sentido; se o homem é livre de se exprimir, são as suas intenções que determinarão o tipo de uso que fará da palavra.
Teoria integradora da argumentação jurídica de Neil Maccormick
Maccormick trata