Teorias da aprendizagem: uma reflexão crítica
Maria Elisa de Mattos Pires Ferreira
Supervisora de Ensino aposentada
Mestre e Doutora em Educação (PUCSP)
Pós-Doutorada em Ciências Sociais (PUCSP)
RESUMO
Com a finalidade de subsidiar a ação supervisora nas escolas de Educação Básica da rede escolar do Estado de São Paulo, este texto se propõe a iluminar os pressupostos epistemológicos subjacentes a algumas das principais teorias de aprendizagem veiculadas no meio do professorado brasileiro a partir da segunda metade do século XX. Nessa perspectiva, são discutidos conceitos associados ao tema, dentre os quais os de escola, teoria e aprendizagem. Palavras-Chave: Teorias da Aprendizagem, Escola, Ensino Básico.
INTRODUÇÃO
Enquanto pesquisadora da área da Educação, tenho me dedicado à formação de professores bem como à ação educativa no âmbito da instituição escolar. Neste artigo, proponho-me a desvelar, em parte, os pressupostos epistemológicos subjacentes a algumas das principais teorias de aprendizagem veiculadas no meio do professorado brasileiro a partir da segunda metade do século XX. Para isso, discuto conceitos associados ao tema, dentre os quais os de escola, teoria e aprendizagem.
Minha expectativa é que o presente texto possibilite aos leitores uma maior compreensão das crenças e dos valores que sustentam cada uma das teorias focadas, para que se sintam mais seguros ao optarem por alguma delas. Neste movimento, parto da convicção de que não basta ao educador conhecer as teorias em si para que elas lhe sejam úteis em plenitude. A tese que defendo é a de que os objetivos visados por um profissional somente poderão ser satisfatoriamente atingidos se ele adotar, como suporte para a sua ação educativa, teorias que se harmonizem com a visão de mundo, de ser humano e de educação que possui. Por isso, julgo fundamental que os educadores conheçam as idéias, as crenças e as convicções daqueles que elaboraram as teorias escolhidas.
Antes de tudo, quero