FORMA O E IDENTIDADE DE PROFESSORES
DE LÍNGUAS (ESTRANGEIRAS) As línguas são a própria expressão das identidades de quem delas se apropria. Logo quem transita entre diversos idiomas está redefinindo sua própria identidade. Dito de outra forma, quem aprende uma língua nova está se redefinindo como uma nova pessoa. (Rajagopalan, 2003: 69) Gabriela Quatrin Marzari quatmarzari@yahoo.com RESUMO Este trabalho apresenta uma discussão sobre a formação de professores de Línguas (Estrangeiras) (primeira parte) e as representações de professores de Inglês como Língua Estrangeira (ILE) sobre suas identidades profissionais (segunda parte). Sobre a formação pré-serviço especificamente, atento para o conseqüente despreparo desses profissionais frente às exigências de eventuais contextos de atuação, explicitando as origens desse problema e algumas estratégias para superá-lo. Três aspectos considerados preponderantes à formação pré-serviço de professores de línguas (estrangeiras) serão abordados nesse sentido. Quanto à questão da identidade, apresento a concepção de aprendizes e professores de Inglês como Língua Estrangeira sobre competência comunicativa e analiso as representações e posições identitárias desses sujeitos enquanto aprendizes e professores de língua estrangeira. A base teórica apóia-se na extensa discussão sobre formação de professores, visando à prática crítico-reflexiva para o ensino de línguas, nos pressupostos sócio-interacionistas/construtivistas vigotskianos e nas atuais investigações sobre representação e identidade de aprendizes e professores de Língua Inglesa. O presente estudo justifica-se principalmente pela crítica que faz à formação de meros reprodutores de técnicas de ensino, priorizando a formação reflexiva de professores de línguas. 1. INTRODUÇÃO Pesquisas sobre formação de professores de línguas têm demonstrado certo despreparo desses profissionais frente à diversidade e complexidade características de contextos de atuação atuais.