Teorias crítico-reprodutivistas
INTRODUÇÃO
As teorias crítico reprodutivistas inseriram-se no meio educacional brasileiro através das ideias de vários autores, tais como Althusser (1974), Bernstein (1977), Bourdieu e Passeron (1975) e outros.
Essas teorias surgem como criticas pautadas no marxismo, pois descrevem mecanismos de alienação e de dominação, destacando o papel reprodutivista da educação na escola. A escola reproduz uma segregação, ou seja, acaba isolando o individuo da sociedade que por sua vez é dividia em classes opostas e caracterizada pela posse dos meios e recursos de produção pela burguesia dominante e da força do trabalho pelo proletariado dominado por assim dizer.
Neste contexto temos um eixo muito importante do qual se originam essas teorias: o da marginalidade. Mas o que significa marginalidade? Quer dizer que um individuo pode estar á margem da sociedade, excluído da mesma.
Então, torna-se claro a discussão de que todas as reformas escolares fracassaram, o que tornou cada vez mais evidente o papel que a escola desempenha: reproduzir a sociedade de classes e reforçar o modo de produção capitalista.
Essa teoria crítico-reprodutivista considera que o espaço escolar e a própria educação consistem na reprodução da sociedade em que ela se insere.
As três principais correntes dessa teoria são:
- Teoria do Sistema de Ensino como Violência Simbólica;
- Teoria da Escola como Aparelho Ideológico de Estado (AIE);
- Teoria da Escola Dualista.
VIOLÊNCIA SIMBÓLICA
O conceito de violência simbólica foi criado pelo pensador francês Pierre Bourdieu para descrever o processo pelo qual a classe que domina economicamente impõe sua cultura aos dominados. Bourdieu, juntamente com o sociólogo Jen-Claude Passeron, partem do principio de que a cultura, ou o sistema simbólico, é arbitrária, uma vez que o não se assenta numa realidade dada como natural.
O sistema simbólico de uma determinada cultura é uma construção social e sua manutenção é